terça-feira, 30 de outubro de 2012

Teatro do amor



Caminhando pelas ruas da cidade,

Sem destino certo e sem parada exata,
Reparando cada casa, cada esquina,
Cada pedaço que existe aqui.
Percebo que tudo me lembra você.
Aquela esquina, onde tantas vezes parei
Para te telefonar e ouvir tua voz.
As flores da praça,
Que já me serviram de poesias.
A fonte, onde tantas vezes joguei moedas,
Desejando que nosso amor jamais se acabasse.
Até mesmo o caminho do ônibus,
Onde dentro d’ele passei, pensando em você.
E o que dizer das estrelas, que me aplaudiam?
E a lua que foi minha confidente
Ou o céu, que me viu sorrir tantas vezes?
Todos foram expectadores de um sonho,
Platéia de um romance e
Testemunhas de um amor.
Caminhando pelas ruas da cidade,
Vejo que o palco continua intacto,
Como quem espera uma nova apresentação.
A platéia espera ansiosa pela data.
Mas os atores,
Esses, já não contracenam mais.

(Por Robson Silva)

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